quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

07. Só perdoar

07. Só perdoar

O mais certo é que o ódio, o rancor e a raiva são o caminho mais curto e mais fácil para ter tudo o que não se quer. Segundo dizem, “É como beber veneno e esperar que o outro morra”. Sofrer pelo ódio causado pelo sofrimento que alguém nos causou é sofrer de novo, perdoando, só se sofre uma vez.

Valorizar o amor é trabalhar o perdão!

É certo que ninguém busca o mal. Situações desconfortáveis são naturalmente descartadas, não por ódio ou por “não perdoar”, mas por simples auto preservação, que é inata ao ser vivo encarnado.

Quando o arrependimento vem do coração e não dos lábios, ele deve ser aceito.

Sem perdoar seríamos como a pedra que se revolta por ser lançada e agride o primeiro alvo que encontra. Os atos e suas conseqüências devem ser pesados, medidos, calculados e avaliados se realmente são úteis e necessários. Perdoar é como se dar de presente uma nova chance de sentir e permanecer bem consigo mesmo.

Dar a outra face não é um ato de covardia ou fraqueza, mas uma demonstração clara e digna de altruísmo, compaixão e força. Superar a dor e a humilhação é infinitamente mais difícil que revidar. A dor moral suplanta a física.

Ninguém precisa conviver com a dor ou com o sofrimento, para isso basta, com o coração, se perdoar e a quem te ofende.

Algumas pessoas realmente se arrependem, e serão aceitas em seu convívio como um irmão, outras serão perdoadas, mas até se arrependerem realmente, deverão ser evitadas, nunca humilhadas ou agredidas, mas por auto preservação, se necessário, deverão ser desviadas do nosso convívio.

Em minhas relações não preciso de quem me causa dor, em meu coração não preciso de sofrimento. Devo perdoar infinitas vezes, mas esperar o arrependimento real para então, traze-los, como irmãos, ao meu convívio, só assim paro de sofrer e deixo de sentir dor.

Minha dificuldade está em perceber e distanciar o falso do real arrependimento. Assim, devo aceitar os reais e os que simplesmente suspeito serem reais.

Alegro-me por minha falta de inimizades e pela benção do esquecimento da ultima ofensa que sofri.

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