segunda-feira, 2 de março de 2009

18. Feche os olhos

18. Feche os olhos

De um tempo pra cá meus olhos não se fecham como antes. Houve um tempo em que tudo escurecia, agora fechar os olhos é abrir uma janela no andar mais alto da mais alta torre nas montanhas azuis, é sentir o vento tocar meus lábios e desarrumar meus cabelos ainda nem tão longos quanto deveriam. Pego-me ao dia, em pensamentos distantes, que aparentam tão próximos, e quando abaixo a cabeça, sei que meus dedos realmente não tocam o chão, não posso explicar, mas tenho aprendido a sonhar.

O mais incrível é que são sempre os mesmos sonhos, nunca mais eu dormi com outra idéia em pensamento. Nem nunca mais eu deixei de dormir com outra idéia. Agora antes que eu sonhe, dormindo ou acordado, eu já sei o que se passará. Não me cansei dessa falta de criatividade, e nem vou...

Espero não ter trocado as palavras que deveriam, e nem ter feito trocadílhos que não precisavam existir. E realmente espero também que quando eu terminar de escrever, eu possa ler com a mesma idéia de quando escrevi...

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