19. Meu guarda-roupas
Mais um domingo chegou, quando acordei, não tão cedo quanto eu gostaria quando me deitei no dia anterior, comecei a sentir um perfume diferente pairando pela casa, um ar de diferença, energia nova começou a tomar o ambiente. Como eu poderia imaginar que eu estava prestes a realizar uma serie de acontecimentos que há tempos nem me passava pela cabeça?
Não foi uma manhã comum, não me cansei, nesse dia, não sei por que, eu não conseguia sequer voar, era como se tivesse podado minhas asas, voltei a me sentir um filhotinho, relembrei da minha infância, quando eu corria e suava pelas ruas sem camisa, pulando, brincando e sorrindo. Essa manhã foi uma daquelas que eu nem me lembrava mais, quando eu sentia meus pés firmes no chão.
Ao acordar e abrir uma porta e ver que tudo despencava sobre mim, me senti pesado, pude ver que nesse dia uma força exercia pressão sobre meus ombros, me forçando a permanecer no chão.
Minha sorte foi que a noite não tardou a vir e me voltei novamente ao meu mundo. Quando comecei a me sentir leve de novo, pude perceber um sorriso derramando no canto direito de um de meus olhos. No outro dia, manhã de sol, numa segunda-feira, na volta do carnaval, mais uma vez nem senti que eu poderia tocar o chão, e me lembrei de como sorrir.
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