quarta-feira, 25 de março de 2009

33. Grãos ao vento

33. Grãos ao vento

Assim que o mundo cair sobre mim me postarei sob o sol e me deixarei queimar em carne viva. As palavras saem do meu peito quase aberto e meio assustado. Inquieto, óbvio que me vejo com olhos de quem finge não temer o amanhã, nem o ontem. O passado ainda me causa arrepios... Quando tomo conhecimento de causa passada que não me era previsível, me exponho às lágrimas que hão de salgar minha face.

Às vezes é simples amar, pra mim é tão fácil quanto entender as profecias, ou tão só o que seria um camelo passar num buraco de agulha...

E os dias continuam passando... Será que ninguém além de mim deseja frear o tempo? Ninguém quer viver loucuras, sentir amores e gritar o mais alto que puder quando der na telha?

O tempo é curto e quem não curtir vai sentir na pele a falta do que deixou derramar pelos dedos e fugir aos olhos, como os grãos de areia deixados espalhar à brisa, que jamais voltarão a se encontrar.

2 comentários:

  1. E viveriamos na terra do nunca?? Seriamos sempre sustentados pelos nossos pais? EU quero mais que isso é pra isso o tempo tem que passar... Parar o tempo... no melhor beijo da sua vida, no melhor sorriso já visto é muito prazeroso, mas o tempo tem que continuar.
    E não é preciso parar o tempo pra viver 'loucuras' para sempre... O tempo aqui na terra é curto, até porque somos feitos de carne e carne estraga rápido.. rs Vamos sentir falta do que foi bom sim, mas sempre vamos encontrar algo que nos satisfaz.

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  2. Ah se o mundo fosse feito de tão verdadeiras excessões...

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