Pelo teclado pequeno do celular, meus dedos dançam como as flores que se desmontam dos finos verdes galhos e graciosamente passeiam pelo ar até tocarem a terra firme.
As palavras que agora se desenham vêm do meu mais profundo âmago e tentam, com uma dose de audácia, invadir seu corpo e atiçar, construir, inventar em você algo que lhe deixe produzir um invariável sorriso.
Os traços do seu rosto, sua boca desenhada, seus cabelos escorreitos, sua formosura em se vestir, em se portar, em ser aquilo que é; tudo isso são elementos do meu fascínio.
Quem me dera viver em simbiose.
Quem me dera poder a cada instante deleitar-me com suas carícias, com seus beijos sufocantes, com sua voz incessante, com seu suspiro estarrecedor.
À minha frente, quando a luz se obscurece, quando o sol desaparece, quando as folhas secam, você aclara meu dia, aquece meu peito e revitaliza minhas paisagens.
De sorte que sem você, sem suas mãos a me tocar, sem seus braços a me envolver, sem sua voz a me acalmar, meu mundo não teria cor, as músicas deixariam de fazer sentido, o quadro que tenho pintado permaneceria uma fria e mórbida tela em branco.
Sabendo da infinitude, ou talvez eternidade do tempo, não posso melhor te agradecer por coexistir a minha realidade, a minha época, ao meu território, à minha casa, à minha vida.
Eram pra ser palavras de amor...
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