quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

escravo de mim mesmo

Percebendo bem, os vícios são os desejos mais mórbidos e profundos de cada indivíduo. Não falo só dos vícios típicos, como drogas ilícitas, álcool e cigarro; falo de como olhamos pras coisas, ideias e pessoas, falo de como pensamos, falo do que sentimos dentro de nós quando pensamos em algo ou alguém.

Você come o tempo todo? Come unha? Se coça? Arranca fios de cabelo? Esfrega a língua nos dentes? Dentes nos dentes? Pisca repetidamente? Pisca forte? Você pensa em ligar pro(a) namorado (a) o tempo todo? Ou talvez pra mãe? Você reza (ora) muito? O tempo todo? Obsessivamente? Já tentou ficar sem cortar (fazer) as unhas? Já imaginou largar o celular por um tempo? Ah, é seu trabalho... (Parece que todo mundo hoje é degustador de cerveja com seu celular).
Já se imaginou sem escovar os dentes? Sabia que só brasileiro costuma escovar os dentes depois de todas as refeições? Já pensou não beber nada enquanto almoça? Já imaginou comer menos no almoço e dividir melhor as refeições? Já pensou em fazer atividade física? Seria parar de fazer? Qual é o seu desejo mais profundo? O que você costuma fazer que estaria disposto a se abster?

Não se preocupe, você é normal. Porque a normalidade reside no descompasso, na unicidade, na diferença. Ninguém é igual a ninguém, isto porque ninguém sente e sentiu o que outra pessoa sente e sentiu em sua vida. Meus olhos só estão grudados na minha cabeça.

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