41. Ensaio sobre a razão
Vivo porque estou vivo e penso por existir. Sou o fim e o princípio de conceitos e ideias ainda não tão bem fundamentadas quanto começam a se apresentar. A escrita e a razão me acompanham deixando marcas e indicando meu caminho. Por mais pura que seja, minha consciência e a minha ciência ainda não se completam, por orientadas, tenho em vista uma prospecção futura ideológica e abstrata não convencionais e pouco perceptíveis ao paladar plebeu de vasta parcela social.
Vivo num mundo em que conceitos e crenças são enfiados coercitiva e imoralmente em ideias sociais, divulgando como real a utopia da liberdade e instigando a pseudofilosofia e o prazer por estudar a inutilidade fundamentada em mais crenças e conceitos absurdamente surreais de imoralidade discreta e disfarçada.
Espero o tempo em que se pense... Quando o discernimento for a única imposição infiltrada na carne cerebral humana. Tempo em que o ser racional perde sua irracionalidade baseada em um medo não dito por medo. Aguardo o momento em que a minha escrita e a razão de meu viver sejam descartados por discernimento próprio. Não quero que creiam no que digo, só quero que me escutem e que deixem de crer em tudo, inclusive em mim...
Nenhum comentário:
Postar um comentário