sexta-feira, 10 de julho de 2009

58. Covardia e força

58. Covardia e força

Não é a prata nem o ouro, nem o diamante, muito menos o cristal. O que incendeia as mazelas da alma são as atitudes e o modo de pensar que, dentro de nossas cabeças, formamos sobre as pessoas. Sinto pena, dó, clemência por quem sofre com a certeza da mentira, mas tento respeitar. Às vezes solto, sem vontade, ironias ou sarcasmos quando tocam no assunto comigo, típico...

Tenho coragem para me arriscar mas sou covarde em viver. Não me sinto seguro para encarar de frente os desafios que me são propostos, mesmo assim os enfrento. Por causa do meu medo, criei em mim um mecanismo que me permite arriscar-me, talvez numa tentativa inconsciente de me livrar da vida, mas sempre continuo nela, mais forte, experiente e melhor.

Os tombos e tropeços que tanto teimo em viver são consequências do meu eu, medroso e inseguro. Minha insegurança e minha covardia me trazem a vida e me ensinam a viver. Me sinto, a cada obstáculo, mais capaz, a cada tropeço, mais astuto, a cada derrota, mais forte. Por meu medo, começo a tomar coragem. Minha fraqueza é o que me faz forte. Assim, quanto mais fraco, mais forte sou.

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