segunda-feira, 20 de setembro de 2010

89. Sou pobre humano ingrato

89. Sou pobre humano ingrato

Divindade exacerbada causa danos irremediáveis.

É certo que só pela existência desnecessária do mau e mal, é que existe sofrimento. Queria eu poder, por um dia sequer, sentir uma faísca do poder divino, ter fé como ninguém, se ao ponto de mover montes e montanhas, nada eu moveria além da paz no coração das pessoas.

Meu filho Lúcifer, minha criação, não mais atrapalharia os tantos outros que por ele sofrem. Não haveria mais inferno nem céu, mas um lugar de tranquilidade e serenidade em que todos pudessem gozar de um pouco de felicidade.

Sei que o corpo humano percebe o prazer como sentimento positivo, assim, eu não daria resultados negativos a sentimentos positivos, ou mudaria os sentimentos humanos.

Daria credibilidade REAL, e não uma possível causa intangível para fatos ainda inexplicáveis.

Desavenças e discórdias simplesmente deixariam de existir, como num passe de mágica. Sentimentos como fome, raiva, ódio e tristeza, seriam simplesmente esquecidos. A morte seria desnecessária, vez que o universo seria constante e uno.

Eu faria reinar a paz, pois mesmo ainda não sendo pai, tenho plena certeza de que quando eu o for não suportarei que meu filho arranhe os joelhos, que dirá de passar a eternidade em um sofrimento que eu o dei, no pior lugar do universo que eu criei e sofrendo na mão de seu irmão, meu outro filho, que permito praticar tanto mau.

"Ao filho não basta os presentes de um pai ausente, é essencial a sua presença pessoal."

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