quarta-feira, 22 de setembro de 2010

90. Incrédulo

90. Incrédulo

A poesia que circunda o ambiente é vasta de insensibilidade e morta de sentido. Meu medo é de simplesmente sobreviver uma vida e da poeira voltar a ser poeira. Minha dádiva é o tempo que passo e perco em pensar no que não conheço, concordo ou fantasio.
Sem o que dizer eu deixo de pensar no que poderia ser dito.

A realidade forjada não traduz a verdade material, mas a união de várias verdades individuais e sensíveis. É tanta fantasia tida como razão...

Por mais que o pensamento seja reto, simples e concreto, a maioria das pessoas não entende. O conceito de abstrato é muito abstrato pra ser concretizado na cabeça das pessoas, por mais que seja razão, ainda que matemático, muitos não vêem lógica, e eu não vejo lógica em muitos.

Maculada a razão, a verdade e a percepção, morre o mundo em um profundo sentimento fantasioso, é onde as criancinhas juram ter visto um monstro em baixo da cama ou dentro do guarda roupas e ainda uma velhinha ter visto a "nossa senhora" numa mancha de umidade na parede. Tenho ouvido tanta materialização divina que às vezes até forço meus olhos para ver algo além de uma mancha...

Nenhum comentário:

Postar um comentário