quinta-feira, 23 de setembro de 2010

91. Sonho ruim

91. Sonho ruim

Quase que passou por despercebido, mesmo ínfimo notei o detalhe daquele olhar, profundo, como se me perguntasse algo que nem eu mesmo sabia que sabia. Sem ser capaz de resistir eu respondi um "não" em alto tom, com uma raiva que não sei de onde veio.

Não pude me controlar, é como se me tivessem dominado o corpo preservando só os meus sentidos.

Gritei para que eu me ouvisse e talvez parasse com aquele atentado genocida involuntário. Por mais que eu ouvisse, nada eu poderia fazer. Meu corpo não era meu, minha alma já estava entregue em outro endereço que não o meu.

Ao desistir dessa vida decidi acordar-me e voltar-me aos labores de meu cérebro cansado e hiperativo. Não posso viver de outro jeito, não sei. Quando tenho um sonho faço de tudo para que ele nunca acabe, o problema é que às vezes pego uns sonhos ruins...

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