quinta-feira, 7 de outubro de 2010

96. Quero um gole de vida

96. Quero um gole de vida

Com os olhos encharcados do sangue que me escorria à face, choro as lágrimas que me brotaram pelos poros quando o tempo me dominou e me queimou a carne. O fracasso que eu já esperava era de conter o sofrimento que não pude controlar, não fui capaz de não sofrer.

O martírio em sair de casa e enfrentar o ensolarado dia ardente traduz o desestimulo em me levantar da cama em cada próximo raiar do sol. A seca que me destrói aos poucos evapora minha vida e entristece meus olhos, não os deixando chorar.

Que a chuva despenque lavando o meu mundo, como a lágrima que lavaria minha face se eu não a racionasse para não me desidratar...

Um comentário:

  1. Entendi que você metaforizou o calor infernal que estamos vivendo nos últimos dias para falar de uma "seca" que às vezes enfrentamos no dia-a-dia e que levam a nossa vida sem que percebemos.
    Não sei se foi essa a ideia que vc quis passar, mas o texto foi bastante subjetivo e deixou espaço pra cada leitor fazer sua própria interpretação. Espero por mais textos! Beijos,amor.

    ResponderExcluir