Hoje, preso em casa, no lugar mais nobre de minha existência, passo a valorar os mais sublimes sentimentos.
O sofrimento hoje não veio ainda, mas se aproxima de tal forma que me fere antes mesmo da lâmina cortar minha garganta.
Pode ser que este seja o meu último texto, de tantos que se desenrolaram...
Pode ser que minh'alma tome seu rumo junto ao infinito das minhas ilusões, pode ser que num instante meu mundo vire, de fato, de cabeça pra baixo.
Hoje vejo a imagem do terror que me espera, mas mesmo com os olhos banhados, consigo soltar gargalhadas de acordar o amor.
Meu amor dorme, dorme bem, mas sofre em silêncio. Ela é forte como uma andorinha, que sozinha, sim, essa faz verão. Mas só se ela quiser, só se ela for forte... Ela é!
Tamanha força me deixa perplexo, tamanha dureza me estremece. Não sou dos fortes, ela disso bem sabe, ela me disse num dia que o sofrimento que há de vir deve permanecer no futuro, e talvez assim lá fique.
Meus sentidos me dizem: engodo... Minha turgida mente me apraz enquanto me mata mesmo antes de morrer.
Sorte a nós!
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